Aquecimento de Água a gÁs: unidades comuns, de condensaÇÃo e caldeiras murais
Nos climas quentes brasileiros, em habitações com baixos consumos de água quente, o aquecimento elétrico de água pode ser uma boa solução, ou pelo menos uma solução razoável.
Mas noutros climas, como o português ou o do sul do Brasil, em apartamentos ou em vivendas em que o aquecimento solar de água é difícil de instalar ou pouco vantajoso, o gás pode ser a melhor opção (ver a este propósito: Aquecimento de água: gás, solar, eletricidade).
Questões linguísticas:
Brasil: aquecedores de água quente
Portugal: esquentadores
Brasil: caldeiras murais ou boilers
Portugal: caldeiras murais
Sistemas de aquecimento de Água a gás
Se necessitar de um sistema a gás, considere a solução que melhor se adapta às suas necessidades, de entre as 3 grandes alternativas:
1) aquecedores/esquentadores simples ou de tipo termoacumulador;
2) aquecedores/esquentadores ditos de condensação (simples e de acumulação) e
3) caldeiras murais.
Aquecedores/Esquentadores a gás comuns
São sistemas relativamente baratos, capazes de dar uma boa resposta às necessidades médias em água quente da grande maioria dos agregados familiares, quer em apartamentos quer em moradias.
São também os sistemas normalmente utilizados para complementar os sistemas solares de aquecimento de água sanitária.
Para fazer economias de gás, considere cuidadosamente questões como a capacidade do sistema, o desenho das tubagens de água (no caso de ir construir uma moradia), bem como redutores do fluxo de água a nível dos chuveiros e torneiras ou questões como a duração dos duches.
Aquecedores/Esquentadores De condensação
São equipamentos potentes e muito eficientes energeticamente, capazes de gerar poupanças energéticas da ordem dos 20%-30% em relação a unidades convencionais (para níveis de consumo elevados). São sistemas desenhados para voltarem a reutilizar os gases da combustão, o que lhes permite um EF (Fator Energético) elevado, da ordem dos 96%-98%.
Embora a tecnologia de condensação esteja a crescer de importância e se tenha tornado standard e obrigatória em alguns países de climas frios, onde as habitações têm largos consumos médios de água quente, ela tem pouca expressão em países como Portugal e Brasil.
As unidades de condensação a gás são sistemas de grande output e significativamente mais caras do que as unidades tradicionais. Elas fazem sobretudo sentido em edifícios com elevados consumos médios (escolas, hospitais, hotéis, etc.) de água quente; ou em estratégias envolvendo o aquecimento central de moradias ou grandes apartamentos mal isolados termicamente. Há, nestes casos, modelos de condensação a gás com elevada capacidade, capazes de preencher as necessidades em água quente sanitária mas também as necessidades em água quente dos radiadores ou mesmo de sistemas de chão radiante.
Caldeiras murais a gás (Boilers)
Tipicamente, as caldeiras murais a gás estão especialmente desenhadas para preencher as funções referidas no último parágrafo, ou seja, preencher as necessidades dos sistemas de aquecimento central (podendo obviamente também responder aos usos correntes de água quente, associados a banhos e outros).
São, portanto, sistemas que não fazem sentido em climas como o brasileiro, a nível de habitações (embora possam fazer sentido noutros edifícios, como escolas, hospitais ou hotéis).
E o mesmo acontece em Portugal, onde as caldeiras murais podem ser uma boa solução em edifícios como escolas, hospitais e hotéis, mas raramente em habitações, a não ser que elas tenham baixos níveis de isolamento e baixa eficiência energética e muito altos consumos de água quente. Apartamentos e moradias energeticamente eficientes podem e devem utilizar outros sistemas de aquecimento do ar ambiente: mais pequenos, mais baratos, consumindo uma pequena fração da energia e, por tudo isso, muito mais amigos do ambiente.
Sistemas de acumulação/Termoacumuladores vs. Sistemas simples
Ver: Sistemas de acumulação vs. sistemas simples
