Isolamento tÉrmico da superfície externa das fundaÇÕes associadas a caves e garagens subterrÂneas

As paredes das fundações de caves e garagens soterradas de moradias e outros edifícios podem ser isoladas na sua face interior ou exterior. Esta última opção é comum em novos edifícios ou em obras de reabilitação envolvendo a impermeabilização e a reabilitação das paredes das fundações.

Nota:
O isolamento térmico das paredes das fundações justifica-se em climas como o português ou o da ponta sul do Brasil, como forma de resolver problemas de conforto térmico e de reduzir os gastos em aquecimento no interior de edifícios; ela não é vantajosa nos climas quentes brasileiros. Ver, a este propósito: Isolamento das paredes internas das fundações.

Materiais e procedimentos

Uma vez que as paredes das fundações estão frequentemente em contacto com humidade e água, o leque de materiais que podem ser utilizados para efeitos de isolamento térmico das superfícies externas dessas paredes é muito restrito.

Considere prioritariamente painéis rígidos de polistireno extrudido (mínimo de 5 cm de espessura, de modo a se obter uma resistência térmica de pelo menos R-10); o polistireno é um material extremamente resistente à água e relativamente barato.

A aplicação dos painéis de polistireno à parede é fácil de realizar, mas terá que proteger o material com adequada cobertura externa.

Muitos construtores recorrem também – como material alternativo ao polistireno – a poliuretano injetado, mas isso só se justifica em fundações com superfícies irregulares, onde a aplicação dos painéis de polistireno sobre as superfícies das fundações não é possível.

Isolamento e impermeabilização parcial

A reabilitação das paredes das fundações é por norma uma operação cara; cavar um fosso suficientemente largo junto às paredes da fundação, de modo a aplicar os materiais necessários à impermeabilização e isolamento, envolve custos significativos.

Daí a alternativa de limitar as obras de reabilitação da fundação à sua parte superior, onde frequentemente se verificam os maiores problemas de infiltração de água e de transmissão térmica.

É algo que se pode justificar em climas moderados e relativamente secos, em fundações sem grandes problemas e onde eles se situam de facto na parte superior da fundação. Neste caso, a impermeabilização e o isolamento deve envolver os primeiros 30-50 cm das paredes.

Isolamento e impermeabilização total

Muitas fundações têm problemas estruturais que não podem ser resolvidos por via da impermeabilização e isolamento parcial referido acima. Problemas estruturais em terrenos com humidade requerem uma abordagem mais exigente, que passa por obras de drenagem a nível dos alicerces da fundação e pela impermeabilização e isolamento térmico integral das suas paredes.

Naturalmente, esta deve ser também a opção a tomar em nova construção. Só em condições declaradamente muito favoráveis se justifica um isolamento e impermeabilização parcial das paredes da fundação.

Uma drenagem profunda a nível dos alicerces da fundação (imagem ao lado) e a impermeabilização e isolamento integral das suas paredes é, na grande maioria dos casos, a única forma segura de evitar graves problemas de humidade e danos graves em caves e garagens e em última análise no edifício.

Ver também:
Sistemas de drenagem para caves e garagens soterradas
Isolamento das paredes internas das fundações
Documento do ESTIG (abordagem técnica da questão da impermeabilização e drenagem das fundações).

 

 

 

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