Escolas Energia Zero
Para já são poucas, mas o número de Escolas Energia Zero deve disparar nas próximas duas décadas.
A partir de 2018 todas as novas escolas devem passar a ser Edifícios Energia Zero a nível Europeu (e, portanto, também em Portugal). A Índia e a China estão a instalar milhões de painéis fotovoltaicos em escolas, o que embora não as torne Edifícios Energia Zero é um grande passo em direção a tal. Os EUA têm várias Escolas Energia Zero, e o projeto californiano de Edifícios Energia Zero irá requerer que todas as novas escolas sejam do tipo Energia Zero a partir de 2030.
A importância das Escolas Energia Zero
A importância dos Edifícios Energia Zero (e, portanto, das Escolas desse tipo) é largamente reconhecida. Há que não esquecer que as escolas e demais edifícios (incluindo as nossas casas) consomem cerca de 40% do total da energia mundial, ou seja, os edifícios são – ainda que de forma largamente indireta – os maiores responsáveis pela emissão de gases de estufa e pela mudança climática em curso.
Acresce que as escolas têm gastos substanciais em energia (maiores do que todos os demais gastos, à exceção dos custos com pessoal), sendo os custos energéticos um dos poucos que podem ser reduzidos sem se sacrificar a qualidade do ensino.
Alertar e consciencializar
A construção de Escolas energia zero é, por outro lado, uma excelente via de informação e consciencialização das comunidades servidas pelas escolas; elas são uma via fácil de levar os pais, alunos e comunidades circundantes a ganhar consciência da importância da eficiência energética a nível de edifícios e das vantagens das novas formas de energia renovável aplicadas em edifícios.
Desenho e características das Escolas Energia Zero
As características exatas das EEZ variam com o clima, e a sua dimensão, mas nas não diferem muito das linhas gerais e dos princípios aplicáveis a grandes edifícios. O facto de as escolas serem normalmente grandes edifícios confere-lhes uma grande vantagem: a escala é um fator importantíssimo para tornar a energia solar e os melhoramentos energéticos mais competitivos em termos de custos. Veja-se por exemplo, o exemplo da Lady Bird Johson Middle School (uma das primeiras Escolas Energia Zero norte-americanas).
Esta escola tem 12 turbinas eólicas (embora elas sejam mais emblemáticas do que propriamente fundamentais, já que fornecem apenas 1% do total da energia consumida pela escola) e sobretudo 105 bombas de calor geotérmicas e quase 3.000 painéis solares fotovoltaicos montados a nível dos tetos (eles fornecem grande parte da eletricidade requerida pelo funcionamento da escola).
Esta ordem de grandeza dos equipamentos energéticos embarateceu o seu custo relativo, nomeadamente a nível da instalação e elementos correlacionados (a instalação destes elementos em centenas ou milhares de outras escolas e edifícios baixaria ainda mais esses custos).
Naturalmente, todas estas facetas ligadas às fontes energéticas são apenas uma parte de qualquer Edifício Energia Zero e, portanto, de qualquer Escola Energia Zero. É a parte mais visível e mais emblemática, mas há outras facetas igualmente importantes, envolvendo o desenho, as janelas e os meios de iluminação natural (a sua eficiência, o seu tamanho e localização), a configuração da escola e a localização e orientação solar das suas várias partes (no caso concreto da Lady Bird Johnson Middle School - uma escola texana, onde a questão do potencial de sobreaquecimento é crítica - a escola foi construída com duas enormes abas arquitetónicas, em dois dos seus lados, desenhadas para projetar sombra sobre as janelas e as partes mais expostas ao sol de Verão, minimizando os ganhos solares nos períodos quentes do ano).
Estes elementos – e outros elementos associados às portas exteriores, ao alto nível de isolamento térmico em paredes e tetos, ou a elevada eficiência dos sistemas de iluminação artificial e dos equipamentos utilizados pela escola – permitem reduzir as necessidades em eletricidade para valores muito baixos, viabilizando por isso a instalação de sistemas de energia renovável muito mais pequenos e baratos do que aconteceria caso assim não fosse. A conservação e a eficiência energética surgem em primeiro lugar.
Pode usar o gráfico acima desde que inclua menção da autoria do mesmo a GuiaCasaEficiente.com.
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Para dezenas de outros recursos ilustrados, ver lista.
Programas e sites com informação sobre Escolas Energia Zero
Lista-se a seguir diversos links essencialmente ligados à construção de Escolas Energia Zero, e questões interligadas.
Projeto Escola Secundária Vergílio Ferreira: sua transformação em Escola Energia Zero
Zemeds: promoção da renovação de escolas em climas moderados europeus, visando aproximá-las dos padrões Edifícios Energia Zero
Building design and construction – Escolas Energia Zero nos EUA
SOM P.S.62 Net Zero Energy School – Construção sustentável de escolas
Alliance to save energy: Poupanças energéticas em escolas, California
ASHRAE Advanced Energy Design Guides for K-12 Schools: Guias gratuitos com ferramentos para projetistas e arquitetos, ligados à construção de escolas americanas. The Brian D. Robertson Memorial Solar Schools Fund - instalação de painéis fotovoltaicos em escolas K-12 americanas
The Center for Green Schools - projeto da U.S. Green Building Council para escolas sustentáveis
Collaborative for High Performance Schools: Recursos associados à construção de escolas eficientes energeticamente.
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