Os Edifícios Energia Zero podem libertar e vender eletricidade À futura rede de veÍculos elÉtricos e À indÚstria

A ideia de Edifícios Energia Zero (ou Quase Zero) é simples. Os edifícios podem reduzir drasticamente o seu consumo de energia através de elevados níveis de isolamento térmico e adequado design e orientação solar, janelas supereficientes e equipamentos e sistemas de iluminação altamente eficientes energeticamente. E podem também ser equipados com módulos solares fotovoltaicos, ou outros sistemas energéticos de modo a preencherem as necessidades energéticas restantes.

Estes Edifícios Energia Zero – EEZ – poderão consumir mais energia do que aquela que geram em certos dias mais nebulados, ou durante a noite ou partes do ano, mas numa base anual eles produzem aproximadamente tanta energia – ou mais, numa perspetiva maximalista – do que aquela que consomem.

E isso pode ter implicações enormes.

Uma vez que os edifícios consomem cerca de 40% da energia mundial e são por isso responsáveis pela maior parte dos gases de estufa libertados para a atmosfera, os EEZ permitem resolver uma parte significativa dos nossos problemas energéticos e inverter as tendências para o aquecimento global, evitando os desastres que daí podem advir (inundação das cidades e zonas costeiras, intensificação de tempestades naturais, desertificação, doenças, etc.).

Edifícios energia zero e rede de transportes elétricos

Uma parte da energia que atualmente é consumida pelos edifícios pode ser libertada e canalizada para outros setores, nomeadamente para a indústria e a futura rede de transportes elétricos. Além disso, os edifícios energia zero  poderão ser projetados para gerar mais energia do que necessitam. Isto é, podem tornar-se fornecedores de energia para a futura rede de transportes elétricas e para a indústria (ver gráfico).

Não será fácil, obviamente. Renovar milhões de edifícios e implementar estratégias de novos Edifícios Energia Zero é uma tarefa particularmente complicada. Mas não é uma tarefa impossível, ou demasiado cara, ou dependente de futuros desenvolvimentos tecnológicos.

Dificuldades

Há, no Brasil ou em Portugal, centenas de milhares de casas, apartamentos, escolas, hospitais, escritórios e outros edifícios que necessitam urgentemente de melhorias energéticas que são difíceis de aplicar. Serão precisas décadas até que a maioria dos edifícios sejam Energia Zero, mesmo com bons projetos e adequadas políticas.

Mas tais dificuldades não significam que os projetos EEZ sejam impossíveis, caros ou distantes. Ou que tais edifícios e a eletricidade por eles usada seja mais cara.

Os Edifícios Energia Zero não são um sonho ecologista distante

Há dúzias de grandes empresas multinacionais a instalar milhares de módulos fotovoltaicos no topo das suas instalações, e a implementar polícias de eficiência energética: a Google, a Walmart, a Toyota e muitas mais.

Estas empresas podem não estão ainda a construir Edifícios Energia Zero, mas o facto de elas estarem a apostar fortemente na energia solar fotovoltaica e em melhoramentos energéticos, é uma clara demonstração de que os Edifícios Energia Zero são possíveis e competitivos desde que integrados em grandes projetos, adequadamente conduzidos.

Armazenamento da eletricidade produzida pelos Edifícios Energia Zero

O problema do armazenamento da eletricidade produzida pelas fontes renováveis de eletricidade – incluindo a eletricidade produzida pelos Edifícios Energia Zero ligados às redes elétricas existentes – é uma questão que se põe, mas não propriamente problemática no futuro imediato.

Contrariamente ao que frequentemente se pensa as atuais redes elétricas não têm qualquer dificuldade em alocar a energia produzida pelos produtores de energia eólica e fotovoltaica, nem terão problemas significativos em gerir a eletricidade renovável produzida pelos EEZ nas próximas décadas.

Uma investigação do NREL (National Renewable Energy Laboratory), com o nome de Renewable Electricity Futures Study concluiu que “as fontes renováveis de eletricidade associadas às atuais tecnologias, em combinação com sistemas elétricos flexíveis, é mais do que suficiente para assegurar 80% da produção total da eletricidade norte-americana em 2050, ao mesmo tempo que preenche toda a procura de eletricidade numa base horária em todas as regiões do país”. Além disso, questões como as redes elétricas inteligentes poderão aumentar ainda mais essa capacidade, desde que os Edifícios Energia Zero se articulem com as redes existentes.

Conclusões?

São necessários grandes projetos de Edifícios Energia Zero. A escala é fundamental para tornar os projetos competitivos e baixar os custos dos edifícios. Esses edifícios garantirão melhores níveis de conforto e custos operacionais mais baixos aos seus proprietários, ao mesmo tempo que são uma peça fundamental para resolver o nosso problema energético e ambiental – tanto mais que eles permitem libertar eletricidade para o setor dos transportes e a indústria ou mesmo produzir eletricidade de origem solar para esses outros setores.

Edifícios energia zero e veículos elétricos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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