EdifÍcios Energia Zero (Quase)
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Notas complementares à ilustração anterior:
- A União Europeia – através da sua Directiva 2010/31/UE - prevê que os novos edifícios (incluindo habitações) sejam edifícios (quase) energia zero, a partir de 2020. Embora seja obviamente um objetivo ambicioso, é também uma prova de que tais edifícios são hoje viáveis, sem custos adicionais significativos. Não se trata mais de um mero sonho ambientalista.
- O que se está a passar na Austrália com a obrigatoriedade de os novos edifícios serem pelo menos edifícios 6 Stars, aproxima-se bastante da concepção de edifícios energia zero, ou pelo menos do conceito de edifícios de baixo consumo energético. A eficiência energética em edifícios permite reduções bastante elevadas dos consumos energéticos que podem depois ser preenchidos por energias como a geotérmica e sobretudo a solar fotovoltaica, que passou a ser competitiva em projetos de grandes dimensões, em locais com bons recursos solares.
- Os edifícios energia zero põem obviamente questões de custos e questões operacionais e estratégicas. Janelas e portas mais eficientes, equipamento mais eficiente, ou altos níveis de isolamento térmico, podem elevar os custos finais dos edifícios; mas isso pode, pelo menos em parte, ser compensado por reduções de custos em áreas como o tipo de fundações, o tamanho do edifício (mais pequenos, no caso das habitações) e pela diminuição dos custos dos sistemas de climatização.
- Os edifícios energia zero também não serão possíveis sem alianças estratégias envolvendo bancos, municípios e cidades, autoridades públicas e grandes empresas de leasing solar e outras, capazes de implementar economias de escala, estandardização de processos, diminuição de custos burocráticos e processos financiamento. Sem estas pré-condições, enquadradas por adequados planos estratégicos das autoridades estatais, a implementação de edifícios de energia (quase) zero será muito mais difícil ou exigirá custos significativamente mais elevados do que a construção tradicional.
