As Centrais elÉtricas nucleares estÃo num impasse
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Comentários adicionais:
- Não podemos substituir todas as formas de energia fóssil no curto prazo. Vamos necessitar, por mais algumas décadas, de certas formas de energia tradicionais, nomeadamente de energias de baixo conteúdo em carbono como o gás (Portugal) ou o etanol (Brasil).
- A intermitência da produção da energia solar e eólica, e a sua natureza distribuída, não permitem uma transição rápida para um mundo de energia limpa; temos primeiro que implementar redes inteligentes de gestão da energia, autoestradas transnacionais de distribuição de energia renovável, e novas formas de armazenamento de eletricidade em grande escala.
- Há de qualquer modo formas de energia em claro declínio, em grande parte por via da ascensão da solar fotovoltaica e da eólica. É claramente o caso da energia elétrica nuclear e da energia elétrica a carvão. Elas envolvem montantes tão elevados, e uma imobilização a tão largo prazo desses mesmos capitais, que não existem praticamente novos investimentos nesses setores, por parte de agentes privados. Os riscos são demasiado grandes, e sem garantias estatais os investidores privados não avançam – o que também é uma clara prova da emergência da solar e da eólica. Face aos recentes níveis de competitividade destas formas de energia, setores como o nuclear ou o carvão perdem significado.
