Os arquitetos podem fechar centenas de centrais nucleares e a carvÃo
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- Considere cuidadosamente a escolha do seu arquiteto. Se vai construir uma nova moradia, peça-lhe para projetar um edifício de baixo consumo energético, ou seja, um edifício capaz de reduzir os gastos com climatização em 70% ou 80%, comparativamente aos edifícios tradicionais. Em grandes projetos de renovação, envolvendo paredes, janelas e as partes mais estruturais do edifício, peça-lhe uma redução de consumo energético em 30-50%.
- A redução do consumo energético dos edifícios é crucial para a resolução do nosso problema ambiental. Os nossos edifícios consomem, em muitos países, mais de 50% da sua energia nacional, e são os grandes responsáveis pelas emissões de gases de estufa – mais do que o setor dos transportes ou a indústria.
- Daí o papel fulcral dos arquitetos. As suas escolhas, o seu aconselhamento, os seus projetos, vão determinar o consumo energético dos edifícios e consequentemente o seu enorme impacto ambiental. Por via de opções corretas a nível dos muitos milhões de edifícios que anualmente são construídos e remodelados, eles podem fechar dezenas de centrais elétricas fósseis e nucleares.
- Obviamente, os arquitetos não atuam sós. As suas opções, envolvendo a eficiência energética dos edifícios, são muitas vezes contrariadas pelos seus clientes. E sem códigos de construção obrigando os proprietários das habitações e outros edifícios a cumprirem metas energéticas, não se avançará muito. Mas também não pode ser ignorado que a maior parte dos arquitetos está muito desinformada em matéria energética, e que as suas opções acabam por ter um impacto extremamente negativo nos consumos de eletricidade e gás, e em última análise no ambiente e no número de centrais elétricas fósseis e nucleares.
